A liquidação de sinistro é uma das etapas mais importantes no processo de seguro, pois é o momento em que o segurado busca a indenização pelos prejuízos sofridos. Entender como esse processo funciona pode ajudar a evitar surpresas desagradáveis e garantir que você receba a compensação adequada. Neste artigo, vamos explorar como funciona a liquidação de sinistro, passo a passo.
A liquidação de sinistro é um processo muito importante, tanto para o segurado quanto para a seguradora. Afinal, aqueles que contratam um serviço de proteção precisam ser amparados após o dano. E a seguradora, por sua vez, deve oferecer aos clientes as melhores soluções e o suporte necessário para minimizar os prejuízos sofridos.
O sucesso dessa liquidação requer alguns trâmites. Considerando o contrato firmado, e está associado às responsabilidades tanto do contratante quanto da contratada. Mas, afinal, você sabe quais são e como funcionam esses procedimentos? Descubra tudo o que você precisa neste artigo!
O que é a liquidação de sinistro?
Chamamos de “sinistro” qualquer acidente ou evento não previsto, causado por contingências externas, que é capaz de gerar algum tipo de prejuízo financeiro ao segurado. A liquidação de sinistro, então, é o processo necessário para o recebimento da garantia contratada (ou prêmio). Ao final dele, a seguradora paga ao cliente uma indenização de acordo com os valores e coberturas delimitadas no contrato.
Vale lembrar, porém, que o seguro não tem o de objetivo prover lucro ou melhorias ao objeto alvo da apólice: representa apenas o ressarcimento do bem segurado. O cálculo do valor possivelmente considerará a época de ocorrência do sinistro e a depreciação (vida útil, idade e uso) do objeto segurado. No caso de um seguro de vida, por exemplo, o total da indenização será baseada tanto no capital segurado quanto na tabela de cálculo da SUSEP.
Além disso, nem todo sinistro é passível de indenização. O pagamento só ocorre quando o dano é coberto pelo contrato e após um procedimento denominado “regulação de sinistro”.

Como a liquidação funciona?
Antes de concretizar a indenização, a seguradora verificará a causa e a extensão do dano. Bem como o custo do prejuízo e os termos nos quais o pagamento será realizado. Isso envolve uma série de responsabilidades que se iniciam na própria comunicação do sinistro.
O Código Civil, em seus artigos 206 e 771, indica questões relacionadas ao aviso de sinistro, à prescrição e à perda do direito à indenização. Cabe ressaltar também que a seguradora deve ser informada logo que o acidente ocorrer. Veja as etapas em que esse processo funciona:
- aviso do sinistro à seguradora;
- verificação dos danos — comprovação das perdas, circunstâncias do fato, causas e extensão do sinistro;
- análise — exame do laudo de vistoria, da apólice e de outros documentos necessários;
- finalização — pagamento ou negativa (com justificativa) de indenização com base nas outras etapas da liquidação de sinistro.
Geralmente, o não pagamento por parte da seguradora está relacionado a ações ilegais do segurado ou à ausência de previsão de cobertura do sinistro na apólice.
Qual é o papel da seguradora?
Assim que o sinistro é comunicado a seguradora deve dar início às atividades necessárias à liquidação. Bem como abreviar os processos para que o pagamento da indenização seja realizado. Respeitando-se, é claro, os períodos previstos pela legislação e pelo contrato.
Em suma a empresa ou a corretora de seguros deve oferecer ao segurado todas as informações técnicas e jurídicas. Sanar suas eventuais dúvidas e prestar o auxílio necessário ao desfecho adequado da ocorrência. Muitas vezes, os corretores também são responsáveis pela mediação de possíveis conflitos entre a empresa e o cliente.
Enfim, entender o funcionamento da liquidação de sinistro é mesmo muito importante. Afinal, somente ao conhecer os procedimentos é que o segurado consegue agir da melhor maneira para evitar dores de cabeça e a perda de direitos. Confira os passos abaixo:
1. O Que é um Sinistro?
Um sinistro ocorre quando o evento coberto pela apólice de seguro acontece, como um acidente de carro, roubo, incêndio, ou outro tipo de dano. A partir desse momento, o segurado tem o direito de acionar a seguradora para solicitar a indenização ou reparo dos danos.
2. Comunicação do Sinistro
Assim que o sinistro ocorre, o primeiro passo é comunicar o evento à seguradora. Isso deve ser feito o mais rápido possível, preferencialmente dentro do prazo estipulado na apólice. A comunicação pode ser feita por telefone, aplicativo ou site da seguradora. Durante esse contato inicial, o segurado deve fornecer todos os detalhes sobre o ocorrido.
3. Documentação Necessária
Após a comunicação, a seguradora solicitará uma série de documentos para comprovar o sinistro e avaliar a extensão dos danos. Esses documentos podem incluir:
- Boletim de ocorrência (em caso de acidentes ou roubos);
- Fotos do dano;
- Relatórios médicos (em caso de acidentes com vítimas);
- Orçamentos para reparos.
A lista exata de documentos varia conforme o tipo de sinistro e as condições da apólice.
4. Análise do Sinistro
Com todos os documentos em mãos, a seguradora iniciará a análise do sinistro. Nesta fase, serão verificados:
- A cobertura da apólice para o tipo de evento ocorrido;
- A veracidade das informações fornecidas;
- A regularidade da apólice, incluindo pagamento das parcelas do seguro.
Em casos mais complexos, a seguradora pode enviar um perito para avaliar os danos e fornecer um laudo técnico.
5. Cálculo da Indenização
Uma vez que a seguradora confirma que o sinistro está coberto pela apólice, ela calculará o valor da indenização. Esse cálculo leva em conta:
- O valor segurado;
- Franquia (se houver);
- Depreciação dos bens, no caso de seguros de carro, por exemplo.
No caso de indenização total, como em um roubo onde o veículo não é recuperado, a seguradora pode pagar o valor integral estipulado na apólice, subtraindo a franquia.
6. Pagamento da Indenização
Com o valor calculado, a seguradora realiza o pagamento da indenização. Esse pagamento pode ser feito diretamente ao segurado ou ao prestador de serviços responsável pelo reparo, dependendo do tipo de sinistro e do acordo firmado.
No caso de sinistros que envolvem reparos, a seguradora pode optar por pagar diretamente à oficina ou empresa de reparo, agilizando o processo.
7. Prazo para Liquidação
O prazo para a liquidação de sinistro pode variar, mas as seguradoras geralmente têm um período estipulado em contrato para realizar o pagamento após a entrega de toda a documentação. É importante que o segurado esteja atento a esse prazo e entre em contato com a seguradora se houver algum atraso.
8. Possíveis Imprevistos
Durante o processo de liquidação, podem surgir imprevistos que atrasem ou compliquem o pagamento, como a falta de documentos, divergências nas informações ou até mesmo a negativa do sinistro. Em caso de negativa, o segurado tem o direito de questionar e, se necessário, recorrer judicialmente.
Conclusão
A liquidação de sinistro é um processo essencial para garantir que o segurado seja compensado pelos prejuízos cobertos pela apólice. Conhecer cada etapa desse processo ajuda a evitar problemas e assegura que você receba a indenização devida de forma rápida e eficiente. Se houver dúvidas, é sempre recomendável entrar em contato com a seguradora ou procurar a ajuda de um corretor de seguros para orientação.
Agora que você já sabe como funciona o pagamento da indenização, confira também o que deve ser feito quando alguém colide com o seu veículo!
Imagens: empresária, vidro.



